Estou em um lugar que nunca vi. Árvores. Árvores altas em torno de mim.
É escuro e quente. Olho para baixo e estou sem roupas. Ouço água gotejando em
uma superfície plana. Sinto que alguém está atrás de mim. "Eu vejo você,
Kate". [...] Tenho tanto medo. Eu quero gritar, mas tenho medo que ele vá
me machucar se eu o fizer. Eu Vejo Kate, Claudia Lemes. Pag. 45.
Eu Vejo Kate é uma história sobre serial killers que
irá abordar a mente, as ações e de como acontece o despertar nesse tipo de
pessoa.
Nathan Bardel é um serial
killer de mulheres muito famoso e temido do FBI, que ainda bem,
ele já está morto no livro.
Katherine Dwyer ou Kate como é chamada
no livro, é uma escritora que já possui dois livros publicados, mas não possui
uma carreira de sucesso. Em um determinado momento, Kate, junto com sua agente
Savannah e a Editora, acreditam que investir em uma biografia do serial
killer mais famoso da história do FBI, será uma ótima oportunidade de
alavancar a carreira da escritora. Claro, seria tudo muito bom se não houvesse
pessoas, serial killers e interessados que não querem, de
nenhuma forma, que isso tudo venha ao conhecimento das pessoas.
Kate tem problemas com cigarro e
alimentação. Problemas no relacionamento. Problemas familiares. Na realidade,
ela é bem problemática. Por outro lado, muito inteligente, determinada e uma
ótima escritora. No início de tudo, ela coleta uma enxurrada de informações
relacionadas com serial killers e de modo geral, acaba virando
uma especialista no assunto devido às pesquisas para o início do livro.
Logo após começar a escrever, Kate é
surpreendida por sua amiga e agente, Savannah, com a notícia que a editora não
irá prosseguir com a publicação do livro e que ela deve parar imediatamente de escrever
sobre Nathan Bardel. E claro, ela não tem a mínima intenção de interromper esse
grande projeto. (Péssima ideia, Kate!).
A história toda é contada em capítulos
narrados pelos personagens. Teremos a visão do agente do FBI, Rayan Owen,
responsável por prender e condenar o Nathan Bardel. Teremos a visão de toda a
história junto com a Kate e a do Nathan, que claramente no livro, nos deixa com
a sensação de peso. Como dito anteriormente, Nathan está morto, porém,
"vendo Kate".
Durante o desenrolar da história toda,
teremos explicações bem específicas de como atua um serial killer.
E, como nós acabamos acompanhando a composição do livro, começaremos a ter
noção dos fatos também. Talvez, até chegaremos a compreender algumas coisas que
provavelmente se passam na cabeça de um assassino em série.
O Livro Eu Vejo Kate. O Despertar de um
Serial Killer tem tudo para ser uma história incrível. É um livro muito bem
escrito e amarradinho em tudo que
acontece na história. A visão da Kate, os conflitos de interesse, o Nathan
"presente" na trajetória, logo depois a aparição do Rayan. A família,
enfim, todos os personagens e o que está relacionado a cada um. Na minha
concepção, isso tudo vai até um pouco depois da parte II do livro. Depois disso,
a história acabou maçante demais.
Não sei o que houve com a pegada forte
e chocante que possuída do início até a metade do livro. Ficou faltando algo
relacionado à nova onda de assassinatos que começaram a aparecer depois que a
Kate iniciou com o livro e, o quanto isso mexeu com algumas autoridades.
Chegaremos a uma parte da história que
ficará claro o próximo passo. Acabou meio que repetitivo e uma saga de buscas
meio óbvias. Aquele livro que me prendeu no começo. Que me deixou com
desconfiança das pessoas enquanto eu estava na fila do supermercado,
simplesmente, sumiu. Sabe quando ficamos pensativos sobre o motivo que levou à
história toda, à composição e tudo mais? Acredito que, na minha concepção, caiu
no momento em que o rumo da história puxou para o lado familiar da Kate.
Sei exatamente que a intenção da autora
foi mostrar como nasce um assassino em série e que o âmbito familiar pode
interferir ou não na formação de tal posição.
De início, ficamos com medo do que está
acontecendo, do que virá no próximo capítulo e se até o próprio Nathan, irá ter
uma participação surpreendente.
Como explicar para vocês que o livro tem
uma pegada forte, dolorosa, apreensiva.. ou até que causa medo? Isso do início
até a metade, infelizmente.
Não irei falar para você que leu isso
tudo, que o livro não é bom ou algo ruim, NÃO!! É um livro muito bom, tem uma
pegada forte, é muito bem pesquisado e fundamentado. Só acredito que o que a
autora queria trazer para nós, acabou tendo que ser dissipado. Talvez, ela teve
que correr com a história e acabou tendo que tomar outro rumo. Ou foi “mandada”
assim como a Kate, a dar uma aliviada na carga pesada. Acontece.
E você que leu, vamos conversar,
debater, coisas do tipo.. visões e opiniões diferentes; porém com respeito a de
cada um, geralmente, são produtivas.
Eu até agora não entendi se a personagem Kate é uma personagem-vítima também no livro que está escrevendo? Hahaha é confuso, porém interessante.
ResponderExcluirHahaha. Ela é personagem do livro. Se eu falar se ela é vítima ou não, vou revelar coisas chave da história.
ExcluirAcabei de ler o livro e gostei muito de maneira geral. Demorei para ler por diversos motivos, um deles é que a história é cheia de altos e baixos. Existem passagens completamente surpreendentes outras desnecessárias. Na primeira aparição do "despertar" de um serial killer eu já desconfiei que ele seria problema e quando confirmei isso não fiquei surpresa inclusive com a participação do outro personagem "menor". A história em si é ótima, mas a escritora teve muitos altos e baixos durante o desesnvolvimento e a parte 2 realmente nos faz perder o interesse. Adorei o final, meio murcho mas fiquei feliz. :)
ResponderExcluirAcredito que pensamos as mesmas coisas a respeito dos pontos positivos e alguns, "negativos".
ExcluirAdoro tuas considerações. Beijão.